Dia Internacional das Mulheres - Dia de Luta
Neste dia importante de luta, que possamos lembrar que as conquistas femininas não são permanentes, precisamos continuar lutando para mantê-las e mais, conquistar o que não foi conquistado. É preciso lutar contra a desigualdade – mulheres ainda ganham 20,5% menos que os homens, e por fim nos casos alarmantes de feminicídio.
Que nos lembremos das lutas de mulheres como:
Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher brasileira a ser eleita deputada federal. Nascida em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1892, atuou como médica, escritora e pedagoga. Estudou dietética infantil em centros médicos da Europa, onde efervesciam as ideias feministas e o movimento sufragista. Ao voltar ao Brasil, organizou a assistência aos feridos da Revolução Constitucionalista, movimento de contestação à Revolução de 1930, ocorrido em São Paulo. Em maio de 1933, foi a única mulher eleita deputada à Assembleia Nacional Constituinte.
O primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil foi criado por Laudelina de Campos Melo. Nascida em 12 de outubro de 1904, em Poços de Caldas, Minas Gerais, aos sete anos já trabalhava como empregada doméstica. Em 1936 fundou a Associação de Trabalhadores Domésticos do País. Sua luta, especialmente na década de 1970, foi fundamental para a categoria conquistar o direito à carteira de trabalho e à Previdência Social.
Nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a integrar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina e a primeira mulher negra eleita parlamentar no Brasil. Começou a trabalhar como jornalista na década de 1920, criando e dirigindo em Florianópolis, onde nasceu o jornal A Semana, mantido até 1927. Na mesma década, dirigiu o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade. Como educadora, fundou o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a sua morte, em 1952, além de ter lecionado em outros três colégios.
Maria da Penha – A farmacêutica cearense Maria da Penha é o marco recente mais importante da história das lutas feministas brasileiras. Em 1983, enquanto dormia, recebeu um tiro do então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, que a deixou paraplégica. Depois de se recuperar, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e nova tentativa de assassinato, também pelo marido, por eletrocussão. Procurou a Justiça e conseguiu deixar a casa, com as três filhas. Depois de um longo processo de luta, em 2006, foi sancionada a Lei nº 11.340, conhecida por Lei Maria da Penha, que coíbe e pune a violência doméstica contra mulheres.
Nísia Floresta – Tida como uma das primeiras feministas no Brasil, sendo também pioneira na publicação de produções textuais em jornal, dirigiu uma escola para meninas no Rio de Janeiro, além de escrever títulos, sendo um deles à favor dos direitos das mulheres, dos nativos e escravos.