BH: Partido Verde se une aos movimentos em defesa da criação do Parque Linear
Representantes do Partido Verde de Belo Horizonte estiveram, dia 13 último, no bairro Belvedere, em Belo Horizonte, participando do ato em defesa da regulamentação de área verde para criação do Parque Linear. Marcaram presença Alberto Belin e Fernando Santana – este, que também preside o Movimento das Associações de Moradores de BH (MAMBH).
O local, berço natural de preservação da fauna e flora, antigamente compunha trecho de uma linha férrea (hoje desativada). Contudo, a área tem sido alvo da especulação mobiliária – que pretende transformá-la em prédios e mais prédios. Em março, está previsto um leilão dessa área verde – iniciativa que movimentos, associações, artistas, parlamentares, entre outros, vêm tentando barrar. Felizmente, o grito de resistência dos moradores da região está ganhando força. Um perfil no Instagram foi criado e tem dado, cada vez mais, voz e visibilidade ao clamor dos mineiros em defesa do meio ambiente.
Para Fernando Santana, criar o Parque Linear é manter em Belo Horizonte seu legado e alcunha de ‘cidade jardim’.
“A União está tentando vender uma área verde para empresários. Mas é um espaço que já ganhou o coração dos moradores do Belvedere e, agora, tem conquistado ainda mais adeptos. É mais que uma área onde as pessoas fazem suas caminhadas ou books fotográficos. É um local de recarga de água para a capital, recanto para pássaros, área de respiro em meio aos prédios que a circundam”, disse.
Quem comunga da mesma opinião é o belo-horizontino Alberto Belin. Para ele, BH merece ter uma área verde como a do (proposto) Parque Linear.
“Dará um respiro para a população tão reprimida pelo progresso e pelo apetite voraz das empreiteiras. O parque contribuirá com a qualidade do ar e de vida dos moradores”, pontuou.
Para Belin, quanto mais áreas verdes, mais saudável é a cidade e a população. “Vejo que o Parque Linear de BH pode se tornar um cartão-postal da capital, um atrativo para a cidade, é um ganho para os cidadãos”, reiterou.
Mobilização
A luta por mais áreas verdes na capital não surgiu agora. Fernando Santana relembra conquistas como a preservação da mata do Planalto – que pode se tornar um patrimônio ambiental no próximo ano. “Conseguimos que se tornasse Lei a utilidade pública da mata do Planalto”, citou.
No Belvedere, os movimentos de bairros e associações têm dialogado constantemente em defesa da criação do Parque Linear. São quase 50 grupos de representação popular, engajando milhares de pessoas na cidade”, afirmou.
Potencial turístico
Além de espaço para o lazer, a prática esportiva, o convívio social, há também ideias voltadas para o desenvolvimento econômico. “Há um projeto sendo pensado no sentido de reaproveitar a linha férrea, ligando a região ao Inhotim, em Brumadinho. Com isso, o turismo, muito representativo na economia mineira, pode ser uma outra via exploração desta área verde, aliando preservação, sustentabilidade e geração de empregos”, pontuou o presidente do MAMBH.
Já para Alberto Belin, cuidar das áreas verdes é pensar na manutenção da vida. “O verde é a nossa casa. É investir no presente e no futuro. Alguns plantios são feitos agora para serem colhidos amanhã. É tratar da boa convivência com o planeta. Precisamos semear e regar permanentemente essa semente: a manutenção do meio ambiente”, finalizou.